1971: A Pentax lança
a primeira câmara reflex com o sistema through-the-lens
(TTL), exposição automática das lentes.
1972: Kodak introduz a câmara Pocket Instamatic.
1973: A
Fairchild Semiconductor
lança o primeiro chip CCD
(charge-coupled
device,
dispositivo de carga acoplada), com sensores de imagem. O
CCD é uma coleção de diodos sensíveis à luz, minúsculos, que convertem fótons
(luz) em elétrons (custo elétrico). Estes
diodos são chamados photosites. A
luz incide sobre o CCD repleto de photosites, recebida por estes e convertida em
sinais elétricos, mas estes sinais elétricos que são “construídos” no CCD não
são sinais digitais que estão prontos para ser usados por seu computador. Para
digitalizar as informações, os sinais elétricos devem ser passados por um
conversor analógico/digital. Esta
tarefa é controlada por um microprocessador instalado dentro da câmera digital. O
processo pelo qual o CCD converte imagens em imagens eletrônicas é chamado conversão
fotoelétrica.
1973: Huynh Cong Ut (nasceu em Nascido em Long
An,
no Vietnã, em 1951),
fotógrafo que cobria a Guerra do Vietnã
para a agência Associated Press, ganhou o Prêmio Pulitzer do
ano 1973 e se transformou no símbolo do conflito. A foto mostra Phan Thị Kim Phúc, uma
menina de 9 anos nua e gravemente queimada no centro da imagem, correndo para
fugir de um ataque de napalm no Vietnã do Sul na aldeia Trang
Bang
durante a Guerra do Vietnã. Essa foto foi um símbolo duradouro do horror
da guerra.
Ut é um vietnamita que começou a tirar
fotos, aos 16 anos, para a Associated Press quando seu irmão mais velho,
que era fotógrafo, foi morto no Vietnã. Como consequência de ser um fotógrafo de
guerra foi ferido três vezes. Ut desde então tem trabalhado para a
Associated Press em Tóquio, Coréia do Sul e Hanói.
Phan Thi KimPhuc passou aproximadamente 14 meses se
recuperando de suas feridas, com 17 transplantes e outras operações, e
tornou-se um símbolo anti-guerra no Ocidente. Hoje vive em Toronto,
Canadá.
Imagens de Nick Ut:
1976: A revista October é fundada em Nova York e desempenha um
papel central em introduzir a teoria francesa nos debates acadêmicos do
pós-modernismo. Criada por Douglas
Crimp, envolveu Rosalind
Krauss,
Craig Owens e Hal Foster.
“Teorizou a obra fotográfica
pós-modernista com base na teoria francesa recentemente introduzida no mando anglófono,
em particular nas análises da representação de Roland Barthes e Jacques Derrida e nas teorias de Michel Foucault sobre poder e conhecimento”.
1976: O artista plástico inglês Victor Burgin (1941)
vê na fotografia um meio de conduzir intervenções críticas eficazes. Expõe o
abismo entre o mundo glamouroso apresentado pela publicidade e as
realidades sociais do capitalismo. Em Posse, Burgin adotou o estilo e as técnicas de
publicidade criando o cartaz
de uma mostra que
teve 500 cópias coladas nos muros do centro da cidade de Newcastle-upon-Tyne
em 1976. Burgin coloca
a pergunta “O que significa a posse para
você?”, pela imagem do casal levar a pensar
posse como o desejo e a dominação. Abaixo aparece os dados da revista The Economist: “7% de nossa população detém 84% da nossa riqueza”.
1977: A artista americana nascida em Nova
Jersey, Cindy Sherman (1954), começa sua série Fotogramas de cinema sem título, onde é ao mesmo tempo fotógrafa e fotografada. Na série fez 69 fotografias em preto e branco entre 1977 e 1980. Fez
fotos com poses de novelas de TV, anúncios vistosos e filmes de Hollywood com
diferentes papéis femininos estereotipados utilizando maquiagem, peruca e
fantasias. Para ela: “A feminilidade é uma
construção de códigos culturais baseados na representação”.
Esquerda: Fotograma
sem título nº 21, 1978.
Direita: Fotograma
sem título nº 50, 1979.
Em 1980, Sherman faz sua primeira exposição individual em
um espaço não comercial de Nova York com os Fotogramas de cinema sem título, protagonizados por ela própria.
Esquerda: Fotograma sem título nº 32, 1979.
Direita: Fotograma
sem título nº 53, 1980.
Trata-se de um inventário de estereótipos
da solidão e das frustrações da mulher ocidental pós-guerra: a amante
abandonada (Untitled #6),
a jovem ingênua sonhando com o príncipe encantado (Untitled #34),
a dona de casa realizada, mas completamente entediada (Untitled #11)
[...]. Produtos do desejo e do olhar masculinos, esses estereótipos femininos
substituem o poder e o controle que a sociedade patriarcal exerce sobre as
mulheres – suas energias, suas atividades, suas emoções, seus desejos, seus
corpos (ROUILLÉ, 2009, p. 377).
Esquerda: Fotograma sem título nº 6, 1977.
Direita: Fotograma
sem título nº 13, 1978.
Em maio de 2011 uma cópia de seu Fotograma Sem
título nº 96 (1981)
foi vendida pelo preço recorde de 3,89 milhões de dólares num leilão na
Christie’s em Nova York (abaixo).
Fotograma Sem
Título nº 153, por
Cindy Sherman
(1985) foi vendida por US$ 2,7 milhões (abaixo).
Sherman
ganha uma bolsa de residência de dois meses em um estúdio no Trastevere,
em Roma, onde dá início a Retratos Históricos (1989-1990).
Esquerda: Sem
título nº 183, 1988.
Direita: Sem título nº 213, 1989.
Esquerda: Sem título nº 224, 1990.
Direita: Sem título nº 225, 1990.
Novos Trabalhos:
Esquerda: Fotograma
sem título nº 474, 2008.
Direita: Fotograma
sem título nº 466, 2008.
Dica de Filme:
Sinopse: O Capitão Willard (Martin Sheen) recebe a missão de encontrar e matar o comandante das Forças Especiais, Coronel Kurtz (Marlon Brando), que aparentemente enlouqueceu e se refugiou nas selvas do Camboja, onde comanda um exército de fanáticos.
Direção: Francis Ford Coppola, 1979.
Referências:
HACKING, Juliet (editora geral). Tudo sobre fotografia. Tradução de Fabiano Morais, Fernanda
Abreu e Ivo Korytowski.
Rio de Janeiro: Sextante, 2012. Título original: Photography: the whole story.
REVISTA FHOX. Dez. 1999/jan. 2000. Ano
XI. N. 58. São Paulo: Fhox, 1999.
ROUILLÉ, André. A fotografia: entre documento e arte contemporânea.
Tradução de Constancia
Egrejas.
São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009. Título original: La photographie.
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