1930: Lewis Hine (1874-1940), sociólogo,
fotografa a chegada de imigrantes, o trabalho infantil em fábricas mal
iluminadas da Pensilvânia e em minas de carvão. Este trabalho levou à aprovação
de leis proibindo o trabalho de menores.
Foto da construção do Empire State Building.
1931: Inspirado
pela exposição de Lázlo Moholy-Nagy em “Filme e Foto”, Walter Benjamin escreve
o ensaio “Pequena História da Fotografia”.
Cartaz da exposição desenhado por
Willi Ruge, 1929.
Mais informações: http://www.uesc.br/nucleos/nbewb/biografia.html
1932: Introdução
da célula foto-elétrica (fotômetro) nas câmaras fotográficas.
1932: O americano
Paul Strand (1890-1976), foi aluno de Lewis Hine em 1909. Viajou ao
México criando fotografias para o Mexican Portfolio (1940), que enfoca o
povo, a paisagem e a arquitetura. Fez uma exposição na Galeria 291, em 1916.
Adaptou sua técnica rigorosa ao serviço da fotografia (straigh photography). Suas imagens de destacam na penúltima e
última edições da Camera Work em 1916-1917.
Blind, 1916.
Esquerda: Wall Street, 1915.
Direita: Abstraction, Twin Lakes, Connecticut, 1916.
1932:
A fotógrafa italiana Wanda Wulz (1903-1984) adere ao movimento
futurista e faz uma das obras fotográficas futuristas mais conhecidas, o
retrato “O gato e eu” (abaixo). Faz uma dupla exposição no mesmo negativo e experimentos
com fotodinamismo.
1932: Edward
Weston (1886-1958) abriu um estúdio na Califórnia e dedicou-se a retratos
infantis. No início dos anos 1920, procurou novos ângulos de visão, fez imagens
de paisagens industriais com tendência abstrata. Em 1923, Weston foi para o México
com Tina Modotti, onde abre um estúdio e começa a ter contato com Diego Rivera,
Orozco e Siqueiros. Em 1927, volta aos Estados Unidos, época de suas obras mais
significativas sobre paisagens, objetos e nus femininos. Em 1932, fundou o Grupo
f/64 com Ansel Adams, William van Dyke e Imogen Cunningham. Execução de uma
imagem de grande nitidez mediante a abertura do diafragma mais reduzido da
objetiva. Máximo de nitidez e profundidade de campo.
Foto da esquerda: Tina Modotti.
Direita: Pimentão nº 30, 1930.
A foto Nautilus
(1927) foi vendida por US$ 1.082,500.
Esquerda: Alcachofra, 1930.
Direita: Folha de repolho, 1931.
Esquerda: Concha, 1927.
Direita: Shell, 1927.
Esquerda: Nude, 1936. Modelo: Charis Wilson.
Direita: Cypress, Point Lobos,
1944.
Frida Kahlo, 1930.
1932: James
Abbe (1883-1973) fotografa Joseph Stalin in the Kremlin. O livro é
publicado mundialmente, refutando os rumores de que o líder soviético estivesse
doente, em 13 de abril de 1932.
“Em 1932, o americano James E. Abbe
fotografou o líder soviético Joseph Stalin tornando-se o primeiro fotógrafo
estrangeiro a ter acesso ao interior do Kremlin, definido por ele mesmo como o
“templo sagrado do comunismo'”.
“Diante de Stalin, sem pestanejar,
Abbe retrucou que não esperava fazer em apenas cinco minutos as fotografias do
homem que planejava industrializar a Rússia em cinco anos”.
Ana Farache (2006, p. 1-2)
1932: O francês Henri
Cartier-Bresson (1908-2004) estudou pintura com André Lhote e iniciou sua
carreira fotográfica em 1932, no final da vida só se dedicou a pintura. Sempre
utilizou a Leica. Em 1931, foi apresentado à mais famosa câmera alemã: “Acabava
de descobrir a Leica, que se tornou uma extensão de meus olhos. Desde que a
encontrei, jamais me separei dela”, disse certa vez. Seu arsenal é composto
apenas por uma velha Leica, com uma única objetiva 50 mm, e invariavelmente
filmes preto e branco.
Cartier-Bresson viaja ao México em 1933 em uma
missão etnográfica. Depois ele viaja para os Estados Unidos e ingressa também
no cinema. Especializou-se na fotografia em meados de 1930. Tornou-se fotógrafo
do exército francês durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido aprisionado em
combate pelo exército alemão. Ele foi preso pelos nazistas e também participou
da Resistência Francesa.
Esquerda: Juvisy, França, 1938.
Direita: Hyères, France, 1932.
A Galeria Julien Levy expôs sua obra em Nova York,
em 1935. Trabalhou com cinema como assistente de Jean Renoir, fez um filme
documental sobre os hospitais de campanha republicanos durante a Guerra Civil
Espanhola (Victoire de la vie, 1937) e dedicou outro filme ao regresso
dos prisioneiros de guerra depois da Segunda Guerra Mundial. Foi co-fundador da
Agência Magnum, fez numerosas fotografias antológicas, com perfeição plástica
do preto e branco com a composição rigorosa do instante captado.
Esquerda: Córdoba, Spain, 1933.
Direita: Allée du Prado, Marseille, 1932.
Henri Cartier-Bresson fotografou eventos como a morte de Gandhi, a China
nos útimos meses do Kuomitang, o início da República Popular da China e a luta
pela independência na Indonésia. Cartier-Bresson voltou à Europa em 1952, já
reconhecido. Mas, não ficou por muito tempo sem viajar. Ele foi à Índia, China,
Japão e União Soviética nos anos seguintes.
Seville, Spain, 1933.
O programa filatélico dos correios franceses
– La Poste – rendeu homenagem a grandes fotógrafos. Esta série de 6
selos foi emitida em julho de 1999, por ocasião da abertura do 30° Encontro
Internacional da Fotografia d’Arles.
“Este meio de se apoderar do ‘instante
decisivo’ procede em grande parte da reportagem gráfica e, muitas vezes,
torna-se difícil demarcar os gêneros já que, mais do que rótulos, a questão é
distinguir entre um simples documento gráfico e aquele que, além da informação
ilustrada, constitui uma obra pessoal, carregada de expressão formal” (SOUGEZ,
2001, p. 258).
Santa Clara, México, 1934-1935.
“A imagem do homem saltando, espelhada
perfeitamente por sua própria sombra, é repetida pelas figuras saltantes dos
cartazes de circo atrás. Cartier-Bresson tinha um instinto lendário para tais
justaposições, criando um olhar novo em fotografia em que o observador é
atraído para a imagem por momentos interrompidos que parecem fortuitos na
concepção, naturalistas no estilo e surrealistas no efeito” (TUDO SOBRE
FOTOGRAFIA, 2012, p. 289).
Atrás da Gare St. Lazare, Paris,1932.
1933:
“Vogue”, considerada a bíblia da moda mundial, publicou a primeira
fotografia em cores. “Vogue” fora fundada em dezembro de 1892 por um
aristocrata, Arthur Baldwin Turnure, associado a Harry McVickar: era um pequeno
folhetim semanal de 30 páginas, dedicado à moda, mas já buscando mulheres da
alta sociedade como leitoras.
Edward Steichen produz a primeira capa fotográfica
para a Vogue, mostrando uma modelo em maiô vermelho e branco e touca
branca.
1933:
Brassaï (Gyula Halasz, 1899-1984) nasceu em Brassó,
Transilvânia, então Hungria, tendo trabalhado como jornalista em Berlim,
mudou-se para Paris em 1924. publica seu primeiro livro, Paris de nuit (1933).
Uma coletânea de cerca de 60 imagens da cidade após anoitecer, tornou-se um
livro fotográfico influente. Henry Miller deu o apelido a Brassaï de “o olho de
Paris”. Fotografou a vida parisiense em todos os aspectos. Brassaï
também tirou fotografias em close-up de bilhetes de ônibus, sabão, pasta
de dentes descaracterizando-os pela iluminação intensa e dos subúrbios de
Paris. As imagens de graffiti que Brassaï fez nas ruas de Paris foram expostas
em 1956 em Nova Iorque. Brassaï foi o mestre da composição criando padrões
gráficos fortes ao usar sombras profundas.
Esquerda: Câmera Voigtländer Bergheil no Boulevard
Saint-Jacques.
Direita: A gorda Claude e sua namorada no Le Monocle, 1932.
“O seu mundo de bares, de prostitutas e de
vagabundos é inconfundível. Também tirou excelentes retratos dos seus amigos:
Picasso, Miró, Braque, Max Ernst, Dalí. Mais tarde, a sua série de graffiti
leva-o a uma visão surrealista do mundo quotidiano” (SOUGEZ, 2001, p. 253).
1934: Em uma
pequena cidade localizada à base do mais famoso cartão postal do Japão - o
Monte Fuji - que surgiu a primeira fábrica da FUJIFILM no dia 20 de janeiro de
1934, foi fundada por Sakae Haruki. Começou produzindo filmes cinematográficos,
um mês depois começou a produzir filmes fotográficos, papel para impressão,
chapas a seco e outros materiais fotossensíveis. Em 1936, a nova empresa
ingressou no novo segmento do mercado produzindo películas para Raio-X.
Linha do Tempo da
Fuji:
1948: Lançamento
do filme colorido fotográfico com a marca FUJICOLOR.
1956: Início da
produção de máquinas fotográficas.
1961: FUJIC, o
primeiro computador no Japão.
1963: Início da
produção de papel fotográfico.
1965: Lançamento
da Fuji DP Master S, primeira impressora de fotografias.
1981: Lançamento
do filme ISO 400, primeiro filme colorido de elevada sensibilidade.
1986: Lançamento
da primeira câmera descartável chamada QuickSnap. Lançamento do Minilab,
equipamento portátil que revela filmes.
1988: Lançamento
da primeira câmera digital do mundo, armazenava fotos em cartão de memória.
1989: Lançamento
do REALA, primeiro filme fotográfico a reproduzir as cores como o olho
humano.
1990: Lançamento
do FUJICHROME VELVIA, um filme profissional colorido.
1992: Lançamento da
Acolor 635/630, fotocopiadora digital a cores.
1998: Lançamento
da MX-700, menor e mais leve câmera fotográfica digital do mundo na época.
1999: Lançamento
do Minilab Digital Frontier, saídas fotográficas com o uso da tecnologia
digital.
2001: Lançamento
da FUJIFILM FinePix, uma popular linha de câmeras digitais.
2003: Desenvolvimento
do módulo de câmaras megapixel para aparelhos celulares.
Mais informações: http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/06/fujifilm-love-picture.html
Dica
de Filme:
Sinopse: Buscapé
(Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em
um universo de muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca
conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a
possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino
por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na
profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o
dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita.
Direção:.Fernando Meirelles e
Katia Lund, 2002.
Referências:
BUITONI, Dulcilia Schroeder. Fotografia e
Jornalismo: a informação pela imagem. São Paulo: Saraiva, 2011.
FARACHE, Ana. Fotojornalismo e ideologia:
diversidade conceitual e eficácia comunicacional. In: Anais do XXIX
Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Brasília: Intercom, 2006.
Disponivel em:
<http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R1731-1.pdf>.
HACKING, Juliet (editora geral). Tudo sobre
fotografia. Tradução de Fabiano Morais, Fernanda Abreu e Ivo Korytowski.
Rio de Janeiro: Sextante, 2012. Título original: Photography: the whole story.
OLIVEIRA, Erivam Morais de; VICENTINI, Ari. Fotojornalismo:
uma viagem entre o analógico e o digital. São Paulo: Cengage Learning,
2009.
REVISTA FHOX. Dez. 1999/jan. 2000. Ano XI. N. 58.
São Paulo: Fhox, 1999.
SENAC. DN. Fotógrafo: o olhar, a técnica e o
trabalho. Rose Zuanetti; Elizabeth Real, Nelson Martins et al. Rio de Janeiro:
Ed. Senac nacional, 2004.
SOUGEZ, Marie-Loup. História da Fotografia. Tradução
de Lourenço Pereira. Lisboa: Dinalivro, 2001. Título original: Historia de la
Fotografia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário